tag:blogger.com,1999:blog-7117674084027033081.post3748818876225661119..comments2024-02-26T22:59:27.519-03:00Comments on Que cazzo é esse?!!: A ausência de cidadania dos imigrantes ou o confuso pertencimento ao Estado-naçãoLe Cazzohttp://www.blogger.com/profile/01710799843215648311noreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-7117674084027033081.post-5184904714221671322012-08-18T11:36:19.855-03:002012-08-18T11:36:19.855-03:00oi! Estou aqui! Gente, como é legal esse tipo de e...oi! Estou aqui! Gente, como é legal esse tipo de exercício, adorei!, vicia??<br /><br />Vocês são ótimas! Eu concordo com ambas, é triste matar o sujeito... Se não há sujeito, quem narra? Eu gosto dos narradores, daqueles que olham e dizem o mundo. E parece que não somos só nós que, nesse mundão de deus, nos apegamos aos sujeitos e tentamos garantir um bonito parapeito para que eles existam e se sintam confortáveis. A casa (o do lado de dentro) e o mundo (o do lado de fora), separados pelas portas e janelas que nos garantem um espaçosinho de sujeito que olha, já rendeu belas reflexões por aí.Duas, ao menos, me são muitos marcantes: a definição que Clarice deu a Nelson Rodrigues "Nelson, você é um menino que vê o mundo pelo buraco da fechadura e se espanta!!" (dizem que ele adorou). E a casa em liquidação, de Drummond, vendida com todas as lembranças, todos os móveis todos os pesadelos, todos os pecados cometidos ou em via de cometer,com seu bater de portas com seu vento encanado sua vista do mundo...<br /><br />No mais, também prefiro que as coisas continuem existindo, é dramático isso de transformar tudo em linguagem, me deixa perturbada.<br /><br />forte abraço para as duas!Raquel Camargohttps://www.blogger.com/profile/16354958034201549391noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7117674084027033081.post-6176902107287988832012-08-18T10:10:11.474-03:002012-08-18T10:10:11.474-03:00Ha! Estou implicando, não, Tâmara. Acho Butler uma...Ha! Estou implicando, não, Tâmara. Acho Butler uma pensadora de primeira linha e um excelente adubo para o pensamento (que trocadilho infame!): meu problema com ela é que eu acho que ela se livra muito rapidamente da ideia de natureza. Mas isso não se aplica, obviamente, à ideia de Estado-nação. <br /><br />Talvez esteja dizendo uma grande bobagem, mas suspeito que a defesa de Raquel de uma concepção representacionista levaria a um tipo específico de realismo (e que, só para constar, não tem relação alguma com o realismo crítico) relativo a um paradigma das Relações Internacionais. Mas creio que ela está muito melhor capacitada para pensar sobre isso do que eu. Cynthianoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7117674084027033081.post-23687311977785795832012-08-18T09:17:10.517-03:002012-08-18T09:17:10.517-03:00Eita!
Eu tinha dito a Raquel, quando esta me envio...Eita!<br />Eu tinha dito a Raquel, quando esta me enviou o texto para saber minha opinião, que eu achava que Cynthia ia implicar com a performance de Butler. Pois a moça (a culpa deve ser da cerveja) bateu mais fundo ainda: será que a linguagem como representação é compatível com a metáfora de Butler? Apesar de minha incompetência no assunto, acho que não, acho que esses assassinos useiros e vezeiros do sujeito também gostam de matar as coisas; tudo é texto, metáfora e outros jogos de linguagem. Pobre Loreta, hein Cynthia? Mas acho também que Raquel gosta de plantar gerânios vermelhos no parapeito da janela e até usar as metáforas de Butler como adubo. Tâmaranoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7117674084027033081.post-6754366637000265662012-08-17T21:46:03.713-03:002012-08-17T21:46:03.713-03:00Nós temos tido umas contribuições muito legais ult...Nós temos tido umas contribuições muito legais ultimamente e, aproveitando a sugestão do Eduardo Leal, de cujo texto gostei muitíssimo, também vou fazer minhas livres associações por aqui (acompanhada de uma cerveja).<br /><br />Hoje um amigo em comum colocou o seguinte trecho de Italo Calvino em sua página do FB: <br /><br />"Normalmente, pensa-se que o eu é uma pessoa debruçada para fora dos seus próprios olhos como se estivesse no parapeito de uma janela e que observa o mundo que se estende em toda a sua vastidão, ali, diante de si. Portanto: há uma janela que dá para o mundo. Do lado de lá está o mundo; e do lado de cá? Sempre o mundo: que outra coisa queriam que estivesse? E então, fora da janela, o que é que fica? Ainda e sempre o mundo, que nesta ocasião se desdobrou em mundo que olha e mundo que é olhado. (…) Ou então, dado que há mundo do lado de cá e mundo do lado de lá da janela talvez o eu não seja mais do que a janela através da qual o mundo olha o mundo."<br /><br />Quando li, pensei com os meus botões "lá vem esse povo matando o sujeito de novo". Decidi que a minha janelinha tem um parapeito com três vasinhos com gerânios vermelhos e eu estou, definitivamente, do lado de cá!<br /><br />E eis que me deparo com o belo texto de Raquel e Butler na janela. Dei-me conta da ironia (aliás, bastante adequada no contexto): esse é o segundo texto de Butler em que ela faz referência a um observador na janela (o outro é uma entrevista na qual ela relata que uma menininha a interpela da janela de casa: "você é sapatão?"). <br /><br />Acho essa metáfora da janela interessantíssima quando aplicada a Butler. Mas voltei a pensar com os meus botões: será que ela é compatível com a ideia de linguagem como representação a que Raquel se refere quando fala da existência do Estado-Nação? Eu suspeito que a janela de Butler é calviniana. A nação também!<br /><br /> <br /><br />Cynthianoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7117674084027033081.post-91240853638525173582012-08-17T19:00:46.848-03:002012-08-17T19:00:46.848-03:00E eu sou testemunha do último round entre Raquel e...E eu sou testemunha do último round entre Raquel e seu professor, sobre a inconveniência jurídico-política do uso de Estado-nação. Posso dizer que ambos saíram-se muito bem, divergentes mutuamente respeitosos e significativos.<br />Raquel, adorei o resultado dessa abordagem blogueira de uma parte importante de sua dissertação. Tendo dialogado com você durante a trajetória do trabalho e até a defesa, fico muito estimulada ao reconhecer que, além de competência acadêmica, você sustenta um engajamento existencial com o seu trabalho que se traduz num escrever bonito, reflexivo e criativo. <br />E estou lembrando agora que foi por acompanhar a trajetória de seu trabalho e participar da banca de defesa que consegui mais uma parceria com você: aquele pequeno texto sobre A Noiva Síria – que tanto ganhou com seu trabalho sobre as agruras de quem não tem nacionalidade nesse mundo de Estados-nação, ao mesmo tempo tão frágeis e tão opressores. Torçamos para que aquele livro saia! <br />Parabéns pelo texto. Abração<br />Tâmaranoreply@blogger.com