tag:blogger.com,1999:blog-7117674084027033081.post1418082051544602143..comments2024-02-26T22:59:27.519-03:00Comments on Que cazzo é esse?!!: Universidade, mecenato e mercadoLe Cazzohttp://www.blogger.com/profile/01710799843215648311noreply@blogger.comBlogger8125tag:blogger.com,1999:blog-7117674084027033081.post-69237220798534818762010-07-11T11:00:59.806-03:002010-07-11T11:00:59.806-03:00Idem, ibidem. Seria o caso então de voltar à pergu...Idem, ibidem. Seria o caso então de voltar à pergunta do Antunes e responder que em vez de só fazer greves de fachada, devessemos conter o impulso e dedicar mais tempo a formular propostas. A greve se torna uma reação espasmódica e tática que vai apenas minando mais e mais a universidade, abrindo espaço para as medidas de remendo, em parte fruto da frustração de setores que querem apenas tocar suas vidas acadêmicas. A maneira de ganhar este pessoal talvez seja abrir um diálogo franco e amplo. Barrar a lógica mais ampla e simplista do mercado talvez passe pela inclusão de alguns regimes "privatistas", preservando os "arcaísmos" tradicionais que nos cabem.João Paulo Rodrigueshttps://www.blogger.com/profile/09550413591743322539noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7117674084027033081.post-26003710819168102522010-07-08T13:56:45.476-03:002010-07-08T13:56:45.476-03:00Eu acho que você tem toda razão, João Paulo. E é j...Eu acho que você tem toda razão, João Paulo. E é justamente por isso que essas questões devem ser mantidas separadas. A privatização do ensino público e a introdução de uma lógica de mercado pura e simples não apenas não vai resolver nossos problemas, mas tende a criar outros que, somados aos primeiros, tornarão as coisas ainda piores.Cynthianoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7117674084027033081.post-67809852408025114602010-07-08T10:05:31.756-03:002010-07-08T10:05:31.756-03:00Pois eu acho que as propostas de privatização do e...Pois eu acho que as propostas de privatização do ensino superior somente campeam por causa do apontado pelo Luciano. E eu diria que a ausência de discussão séria sobre a realidade das IFES deriva menos dos males do mercado do que dos males de nosso Estado. Em parte, é devido à apropriação privada do público pelos membros das IFES (nossa classe, como fala a ANDES) que estamos nessa.João Paulo Rodrigueshttps://www.blogger.com/profile/09550413591743322539noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7117674084027033081.post-23891307612969691822010-07-04T11:01:56.763-03:002010-07-04T11:01:56.763-03:00Bem, Lulu-Cibalena, você tirou férias de seu estad...Bem, Lulu-Cibalena, você tirou férias de seu estado de espi'rito Copalino em grande estilo. Eu tinha lido o artigo quando saiu na Folha e o argumento em torno do direito do que você chama grevismo gratis incomodou. Mas eu estava tão preocupada com a partida Brasil X Holanda que não quis refletir sobre o artigo. Depois veio o desastre, a derrota da Argentina no outro dia (fiquei alegre e triste com a partida dos Hermanos), em suma, são tantas emoções...<br /> Seu comenta'rio põe isso em discussão e que bom que assim seja. Não concordar com uma universidade a serviço do mercado não pode significar ao mesmo tempo não enfrentar os problemas das relações entre universita'rios, sociedade que a mantém e Estado.<br />Cynthia, como você, eu também ficaria muda com a emenda. Valeu.Tâmaranoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7117674084027033081.post-82973441211154458862010-07-04T10:26:17.234-03:002010-07-04T10:26:17.234-03:00Lulu, eu disse a Ricardo exatamente o que você dis...Lulu, eu disse a Ricardo exatamente o que você disse em relação às greves. Ele concordou comigo, mas emendou: "e qual a alternativa melhor?". Tô muda até agora...Cynthianoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7117674084027033081.post-11946150182277323492010-07-04T09:55:26.070-03:002010-07-04T09:55:26.070-03:00Li com atenção o artigo co-assinado pelo professor...Li com atenção o artigo co-assinado pelo professor Ricardo Antunes, uma referência para mim. Devo dizer que concordo inteiramente com suas ponderações críticas acerca de um mecenato que terminaria por impor às universidades públicas, mesmo que isso aconteça "en douceur", uma lógica dos negócios privados na produção e reprodução do saber. Num país como o Brasil, onde conceitos vetustos como "capitalismo selvagem" ainda estão em vigor, isso não pode acontecer. Aliás, uma das minhas teses favoritas é a de que no Brasil as teses marxistas mais grosseiras ainda servem para analisar a nossa sociedade.<br />Isto dito, deixe-me introduzir um bemol neste comentário.<br />Discordo de Antunes e do co-autor quando, sem maiores ponderações, insurgem-se contra a ameaça de corte no ponto dos servidores da USP em greve. Nós, nas IFES, já vivemos muito esss situação que nunca hesitei em chamar de grevismo gratis, ou seja, greves sem nenhum risco, subvencionadas pelo dinheiro do nosso povo. Assim é muito fácil. E é por essas e outras que publicações que aderiram a uma molecagem anti-esquerdista primária como a Veja têm tanto prestígio junto à nossa opinião pública mais imbecil.<br />Vou mais além. Se as universidade públicas não podem se transformar em negócios, alguns princípios de gerenciamento de qualquer organização (sobretudo as públicas, eu diria!), têm de ser nelas introduzidos. Essa é a maior divergência que tenho em relação ao sindicalismo nas universidades: o fato de que, como ocorre em qualquer movimento desse tipo, entra-se numa lógica de confronto em que ninguém tem coragem de encrar as mazelas da instituição. Já que falamos tanto nisso na ciência política, já que exigimos tanto isso dos outros, que tal nos perguntarmos sobre nossa própria "acontabilidade" (o neologismo é de Rogério Arantes) perante a sociedade que nos sustenta? Intra-muros, como ocorre com qualquer corporação, indignamo-nos entre nós com professores que não querem dar aula, com funcionários que reivindicam (e geralmente levam!) horários especiais que muitas vezes nem esses terminam cumprindo etc. etc. Quem, como eu, já assumiu uma coordenação de curso, sabe do que estou falando... Mas nada disso aparece nas nossas discussões públicas.<br />Enfim, acho que terminei me desencaminhando da discussão principal, que era a privatização sub-reptícia das instituições públicas de ensino superior no Brasil. Sim, elas devem continuar públicas! mas com todas as implicações que esse galardão exige.<br /><br />Luciano OliveiraAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7117674084027033081.post-18558429555598336702010-07-04T09:55:19.032-03:002010-07-04T09:55:19.032-03:00Li com atenção o artigo co-assinado pelo professor...Li com atenção o artigo co-assinado pelo professor Ricardo Antunes, uma referência para mim. Devo dizer que concordo inteiramente com suas ponderações críticas acerca de um mecenato que terminaria por impor às universidades públicas, mesmo que isso aconteça "en douceur", uma lógica dos negócios privados na produção e reprodução do saber. Num país como o Brasil, onde conceitos vetustos como "capitalismo selvagem" ainda estão em vigor, isso não pode acontecer. Aliás, uma das minhas teses favoritas é a de que no Brasil as teses marxistas mais grosseiras ainda servem para analisar a nossa sociedade.<br />Isto dito, deixe-me introduzir um bemol neste comentário.<br />Discordo de Antunes e do co-autor quando, sem maiores ponderações, insurgem-se contra a ameaça de corte no ponto dos servidores da USP em greve. Nós, nas IFES, já vivemos muito esss situação que nunca hesitei em chamar de grevismo gratis, ou seja, greves sem nenhum risco, subvencionadas pelo dinheiro do nosso povo. Assim é muito fácil. E é por essas e outras que publicações que aderiram a uma molecagem anti-esquerdista primária como a Veja têm tanto prestígio junto à nossa opinião pública mais imbecil.<br />Vou mais além. Se as universidade públicas não podem se transformar em negócios, alguns princípios de gerenciamento de qualquer organização (sobretudo as públicas, eu diria!), têm de ser nelas introduzidos. Essa é a maior divergência que tenho em relação ao sindicalismo nas universidades: o fato de que, como ocorre em qualquer movimento desse tipo, entra-se numa lógica de confronto em que ninguém tem coragem de encrar as mazelas da instituição. Já que falamos tanto nisso na ciência política, já que exigimos tanto isso dos outros, que tal nos perguntarmos sobre nossa própria "acontabilidade" (o neologismo é de Rogério Arantes) perante a sociedade que nos sustenta? Intra-muros, como ocorre com qualquer corporação, indignamo-nos entre nós com professores que não querem dar aula, com funcionários que reivindicam (e geralmente levam!) horários especiais que muitas vezes nem esses terminam cumprindo etc. etc. Quem, como eu, já assumiu uma coordenação de curso, sabe do que estou falando... Mas nada disso aparece nas nossas discussões públicas.<br />Enfim, acho que terminei me desencaminhando da discussão principal, que era a privatização sub-reptícia das instituições públicas de ensino superior no Brasil. Sim, elas devem continuar públicas! mas com todas as implicações que esse galardão exige.<br /><br />Luciano OliveiraAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7117674084027033081.post-45798075362003306902010-07-03T12:51:57.210-03:002010-07-03T12:51:57.210-03:00"Sem ideologias" é ótimo. Mas difícil me..."Sem ideologias" é ótimo. Mas difícil mesmo é convencer algumas pessoas de que universidade não é empresa, que aluno não é cliente e que professor não é proletário.<br /><br />CynthiaLe Cazzohttps://www.blogger.com/profile/01710799843215648311noreply@blogger.com