tag:blogger.com,1999:blog-7117674084027033081.post2721058219968329950..comments2024-02-26T22:59:27.519-03:00Comments on Que cazzo é esse?!!: A pluralização do campo religioso no Brasil e em Pernambuco segundo o Censo 2010Le Cazzohttp://www.blogger.com/profile/01710799843215648311noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-7117674084027033081.post-82008113476428275662012-08-15T13:53:26.297-03:002012-08-15T13:53:26.297-03:00Obrigado pelo comentário Joanildo!
Concordo totalm...Obrigado pelo comentário Joanildo!<br />Concordo totalmente com suas colocações. Na minha percepção, uma das grandes dificuldades das análises atuais do cenário religioso brasileiro é que elas permanecem excessivamente presas a categorias e modelos conceituais e teóricos que não são mais (se já foram) significativamente respeitados pelos movimentos que ocorrem no campo. Noções como “igreja”, “fiel”, “cultos” e mesmo “religião” (stricto senso), em suas acepções tradicionais, dão conta somente de uma parte muito pequena do que realmente ocorre no cenário religioso atual. Os estudos antropológicos conseguem indicar esses movimentos claramente em contextos específicos, mas, as análises sociais ainda não tem conseguido construir de forma satisfatória formulações teoréticas de maior alcance para lidar com essa (nova) realidade. É curioso, nesse sentido, como as análises dos dados censitários costumam ser apropriadas por muitos analistas para fazer afirmações generalistas sobre a condição religiosa atual da nação ou sobre os rumos da população sem se atentar sequer para os contextos e aspectos mais detalhados que o próprio Censo permite observar.<br />Saudades de nossas conversas “ao vivo”. Abração.<br />GustavoAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7117674084027033081.post-69596860600054560652012-08-14T06:12:43.375-03:002012-08-14T06:12:43.375-03:00Muito boa análise, Gustavo. Ressalto particularmen...Muito boa análise, Gustavo. Ressalto particularmente as ideias de que (1) a pluralização é um processo assimétrico do ponto de vista de sua demografia e posicionalidade socio-econômico-cultural e de que (2) processos de deslocamento (desencadeados tanto pelas transformações socio-econômicas das últimas décadas quanto pelo próprio trânsito religioso) reconfiguram o espaço das religiões num sentido pluralizante. O que eu acrescentaria a isso, a título de reforço e glosa a sua análise, é que é preciso a partir dos números explorar as condições em que a pluralização tem cruzado o umbral da diversificação de formas de crença em direção a um pluralismo cognitivo e prático. Há anos tenho insistido na necessidade de marcar essa distinção, particularmente em razão das apostas (marcadas pelo desejo ou pela repulsa) que se fazem na existência ou não de "pluralismo religioso" no Brasil. Neste particular, concordo com você que é preciso insistir na realidade da pluralização ainda quando os percentuais de "cristianismo" são muito altos. Ela está abaixo da linha d'água, tanto nas atitudes quanto nas alianças/conflitos entre grupos cristãos, para-cristãos e não-cristãos. Segundo, eu sugeriria que precisamos explorar mais criticamente o desbordamento entre as identidades religiosas que os processos de deslocamento ensejam ou provocam. Desbordamento entendido num sentido de turvar linhas identitárias rígidas entre os grupos religiosos, em razão de uma diversidade de formas de encontros entre si, entre eles e o estado, entre eles e formas de identificação não- ou irreligiosa. Mas também no sentido de que a pluralização demográfica ou o pluralismo cognitivo e prático "abrem" as identidades religiosas para experimentarem com sua própria pluralidade interna (histórica e/ou atual), potencialmente aumentando sua diferenciação, mas acima de tudo na tentativa de reconstruir sua "coesão interna" e suas expectativas "hegemônicas" de crescimento e auto-proteção. <br />Grande abraço,<br />JoanildoJoanildo Buritynoreply@blogger.com