tag:blogger.com,1999:blog-7117674084027033081.post3347144549490960951..comments2024-02-26T22:59:27.519-03:00Comments on Que cazzo é esse?!!: A resolução liberal do paradoxo da identidade democráticaLe Cazzohttp://www.blogger.com/profile/01710799843215648311noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-7117674084027033081.post-26767832782442854892010-11-08T13:51:31.975-03:002010-11-08T13:51:31.975-03:00Eita, Artur, isso é que é programa!
Mas a verdade...Eita, Artur, isso é que é programa! <br />Mas a verdade é que eu também ando cada vez mais querendo pensar numa ética de uma esquerda po's-totalita'ria e, por que não dizer?, po's-multiculturalista também - que é para acabar com esse nego'cio de atacar Narizinho, Pedrinho, Emi'lia, o Visconde, tia Anasta'cia, Dona Benta e tio Barnabé. Afinal de contas, sou da geração do Si'tio do Picapau Amarelo!<br />Acho que você é gentil demais dizendo que Finkielkraut desbundou. Eu diria que ele rebundou-se, virou uma fonte de conservadorismo e islamofobia (tudo em nome da luta contra o anti-semitismo, melhor dizendo, de uma defesa incondicional de Israel e do universalismo republicano à francesa). Quanto a Onfray, conheço nada, mas parece que ele andou escrevendo um livro absurdo sobre Freud. Em suma, temos uma obra mais herculi'nea do que a conversão do Cazzo a realizar! Mas vamos andando que atra's vem gente.Tâmaranoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7117674084027033081.post-39755606064889922102010-11-08T08:57:38.258-03:002010-11-08T08:57:38.258-03:00Tâmara, concordo contigo...
As afinidades de Rena...Tâmara, concordo contigo...<br /><br />As afinidades de Renaut (principalmente ele) com Habermas são patentes. Habermas defende um republicanismo bem temperado de liberalismo (vide sua discussão e polêmica com John Rawls).<br /><br />Renaut é um "neokantiano", digamos assim. Não é propriamente um liberal -- republicano laico francês? Politcamente, é de centro; "culturalmente", progressista. Defendo que sua leitura gera um bom diálogo.<br /><br />Finkielkraut desbundou geral -- muitos desses "novos filósofos", também. Na França, midiatizou, lascou.<br /><br />Faltou citar Onfray, mas o conheço pouco. O que li me irritou.<br /><br />Meu interesse nessas discussões seria a postulação política e ética de uma esquerda pós-totalitária. Minha tese (um dia, discuto melhor isso) é que precisamos mergulhar no liberalismo (principalmente, o de Rawls em diante), passando depois por uma crítica democrática à democracia liberal (chegando nalguns pontos em Boaventura) e, um dia, quem sabe, chegar à discussão sobre a esquerda e o socialismo, seja lá o que isso significa, realmente. <br /><br />No campo da esquerda, nessa discussão, gosto muito de Ruy Fausto: "Marx: Lógica e Política" (Editora 34), "Dialética Marxista, Dialética Hegeliana" (Paz e Terra) e "A esquerda difícil" (Perspectiva). Justamente, porque acho suas discussões sobre a noção de totalitarismo importantes.Arturnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7117674084027033081.post-14572651566152678342010-11-08T07:32:41.780-03:002010-11-08T07:32:41.780-03:00Bom dia Artur,
Eu nunca li esse livro e fui lendo ...Bom dia Artur,<br />Eu nunca li esse livro e fui lendo sua resenha com a espontaneidade dos desconhecedores (embora, confesso, quando leio o nome de Alain Finkielkraut ja' fico com frio na espinha: considero esse camarada cada vez mais louco e perigoso com seu republicanismo cego, sua sustentação insustenta'vel do governo Sarkozy e seu ativismo em campanhas contra o componente muçulmano da França contemporânea). <br />Lendo, aos poucos fui lembrando de uma amigo que, depois de ler a obra principal de Alain Kardec sobre o espiritismo, disse o seguinte: "esse rapaz escreve tão parecido com Engels..." - ele fazia referência ao elemento evolucionista do espiritismo kardecista. Pois bem, eu lia sua resenha e ficava me dizendo: "esses dois argumentam tão parecido com Habermas...". A ai' no final você termina por dizer que eles têm afinidades com o "patriotismo constitucional" habermasiano. Fiquei confortada para com minha percepção. E, ao mesmo tempo, levantando o mesmo problema que as teses de Habermas colocam-me: a ação comunicativa e a ética da discussão parecem sempre supor um conceito de sociedade onde os conflitos e as relações de dominação são subsumidas pelas potencialidades intri'nsecas da comunicação. Ou seja, com racionalidade, boa vontade e tolerância, "é conversando que a gente se entende" (ouvi isso de Luciano Oliveira, como definição pedago'gica da teoria da ação comunicativa). Tudo muito bonito e, principalmente, são argumentações importantes para a cri'tica dos paradoxos multiculturalistas mas, como você bem disse, o argumento cheira a petição de princi'pios.<br />Em suma: acho que jogaram a a'gua, a bacia e o bebê fora, também no que diz respeito ao chamado po's-estruturalismo francês. Acho que sem recolocar os conflitos e as relações de dominação no centro da ana'lise, fica difi'cil enfrentar a cri'tica multiculturalista do liberalismo metafi'sico. Abraço.Tâmaranoreply@blogger.com