quinta-feira, 6 de maio de 2010

Animus meminisse horret: um diálogo com o Refutador, um demônio de asas de pterodáctilo e ossos ocos


Uma das manifestações do Refutador...

Artur Perrusi

Num dia chuvoso, faz muito tempo, entreguei um trabalho de mestrado à prestigiosa professora Silke Weber. Tinha como tema a teoria das representações sociais. Suava frio porque, num gesto demente, arriscara demais na feitura do texto.

Não me lembro mais da avaliação silkeana. Sei que fiquei um tempinho na frente da porta de sua sala e, minutos depois, escutei gargalhadas inenarráveis. Suspirei, respirei fundo e fui recolher meus cacos.

Muito tempo depois, publiquei o troço, já recauchutado, na revista Caos, da graduação de Ciências Sociais, aqui da UFPB.

Reedito, agora, no Que Cazzo. Bora ver o que acontece. Talvez, Cynthia tenha uma síncope ou exploda a hérnia estrangulada de Jonatas. Enfim, não desejo mal a ninguém.

Lá vai:


11 comentários:

Animal disse...

Cadê a maquininha de eletrochoque?

PLUG IT! PLUG IT!

(That's kind of intellectual).

Animal disse...

MY kind of intellectual. Foi a emoção...

Cynthia disse...

Arture,

desde a nota de rodapé do seu texto anterior que eu estou com a pulga atrás da orelha ("Aspeamos a noção "doença mental" (DM), pois o que existe de fato é o doente ou a pessoa com algum tipo grave de sofrimento psíquico.) A categoria "doença" mental não é construída da mesma forma que qualquer outra categoria relativa a não observáveis, como por ex., a categoria de quantum na física? Negar isso não seria o mesmo que concordar com Foucault de que a doença mental é uma invenção da razão médica (e isso lido da forma mais idealista possível)?

No geral, ficou uma sensação de que vc parece propor uma solução de continuidade entre ciência e senso comum, mas de discontinuidade entre ciência natural e social.

Le Cazzo disse...

Consegui colocar o divisor. O problema estava num comando html para visualização da imagem. Retirei, a imagem não deu pau, e o divisor está funcionando. Jonatas

Anônimo disse...

Simmel impressionista?

Anônimo disse...

É, como assim, Simmel impressionista. Responde aí vai

Anônimo disse...

Frisby, David. 1981. Sociological Impressionism. A Reassessment of Georg Simmel's Social Theory. London: Heinemann.

Ajuda?!!!

Anônimo disse...

Simmel impressionista... Me convença!
ass: hortênsia da federal

Anônimo disse...

Simmel impressionista comofas
ass: digitando de meu laptop no bar da margarida

Artur disse...

Cynthia,

tua pergunta merece uma resposta mais longa. Um post. Farei isso.

acho que é isso mesmo que vc disse: de todo modo, coloquei ciência, mas deveria ser ciência social, tendo como ponto de partida o saber prático; ciência social, tendo uma descontinuidade com a ciência natural. Naquela época, pensava assim mesmo. Quando publiquei, deixei como estava...

Simmel impressionista? Como assim?

Cynthia disse...

Arture,

estamos envolvid@s no mesmo rolo no grupo de epistemologia feminista, discutindo "carne e linguagem" (nas palavras do Thomas Laqueur). Existe uma confusão enorme entre o uso de termos como "sexo" enquanto categoria e sexo como realidade (material), e frequentemente há um deslize entre um sentido e outro. Você colocou o seu debate em termos de ciência e representação social e fico me perguntando se o problema não é melhor atacado ao se pensar categoria (de primeira ou de segunda ordem, pouco importa) e realidade. Doença mental existe como realidade extradiscursiva?

Estamos ansiosas esperando sua exposição do David Will! ;)

Quanto a Simmel, não faço idéia do que é isso aí. Acho que deve estar rolando prova de teoria social, sei lá. Deve ser coisa de Jonatas.