Assisti à primeira parte dessa entrevista. Nela Julia Kristeva fala sobre Artaud, excesso, loucura e poesia. Obviamente verei o resto; mas agora, corro. (Voltei e vi. Prestar atenção na terceira parte da entrevista)
Posto que no curso sobre Estruturalismo e Pós-Estruturalismo estamos estudando a apropriação do texto lacaniano realizada por JK em sua análise do poético, achei que seria interessante ver esse depoimento - ao menos pelos meus alunos e alunas de graduação (!); mas espero que mais gente se interesse. Ajuda a compor o quadro que Butler pretende traçar ao criticar textos como Desejo na Linguagem e Revolução na Linguagem Poética.
E, mais uma vez, vai sem tradução. Candidat@s?
parte1 (Artaud, literatura, loucura)
11 comentários:
Eu acho que obrigação de monitor trilíngüe é traduzir o que esses professores sem consideração ao leigos postam no Cazzo. Cadê Nelson?
: D
Meu apoio. Mas não sei se Nelson nos visita neste Cazzo - e depois ele não é monitor, não. Está no curoso como professor assistente. Tereza falou que eventualmente tem uma cópia da entrevista traduzida por uma revista feminista. Se for o caso, a gente deixaria o endereço eletrônico da tal revista por aqui. Abraço, Jonatas
Danousse! Esse é o curso da graduação? Da próxima vez vou me matricular como ouvinte, Jonfer.
É um povo curioso e talentoso, esses poucos bravos e poucas bravas, Cynthia. O que fazer senão desafiá-l@s e ficar feliz quando esse desafio é aceito - mais perto daquilo que creio ser minha função não posso estar quando isso dá certo. Jonatas
Não sou da graduação, mas gostei muito da entrevista. Intriga-me sobretudo para além do que ela diz a respeito das perguntas a maneira irrelutavelmente francesa de situar seu pensamento em relação a outros. Interessante perceber logo na primeira pergunta que a resposta de Kristeva começa com uma relutância em aceitar, nos termos da pergunta, o tipo de diálogo que sua reflexão estabelece com a de Artaud. Foi através de suas preocupações, de preocupações intelectuais postadas em seu tempo, e não de uma descorberta desabonada de contexto, de condições de possibilidade, que a obra de Ataud estabelece um dialogo com a dela (na verdade é ela quem estabelece essa comunicação.)É o que atesta a própria incursão sobre sua presença na Revista Tel Quel. É como se ela dissesse: "minhas preocupações me levaram a ele, e não o inverso." Bem, mas isso não é importante. O importante é que,
professores Jonatas e Cynthia, eu não conhecia o blogue e agora que conheço vou passar a visitá-lo. Gostei muito da proposta e acho que ela estabelece um canal de diálogo muito bom conosco, pobres mortais e alunos perdidos em divagações diletantes. Parabéns pelo espaço.
João,
Essa coisa de ser mortal é provisória, não esquenta. Eu, ao contrário de você, ao que me parece, fiquei entusiasmado com Kristeva. Talvez eu termine de ler um livro chatíssimo de ficção que ela escreveu (não lembro o nome) e passe à leitura de Desejo na Linguagem e Revolução na Linguagem Poética, citados por Butler no PdeGênero. Abraço, Jonatas
Professor,
tá bom, não vou esquentar. Mas, nada contra a Kristeva(em doses homeopáticas, claro). Meu comentário foi assim pensando nessa coisa das palavras (textos, videos, entrevistas)circularem sem seus "contextos" e da insistencia dos franceses em geral de situarem seus pensamentos nesse sentido específico.
Abraço,
Joao.
Bem, quanto a não haver uma contextualização maior do pensamento de Kristeva, isso ocorreu por um motivo simples: ela é uma referência secundária no curso que estou oferecendo. Como falei antes, o barato de postar uma entrevista dessas é que alguém pode ficar curioso e ir atrás. Realmente não sei se você está sendo justo com o pensamento francês. Vaidade é um negócio danado - não sei se os franceses têm o privilégio. De minha parte, como falei antes, sei que me tornarei imortal tão logo morra - pois a única vantagem de estar morto é não poder morrer mais. Jonatas
Bem entendido eu havia seu ponto professor. Contudo reafirmo de outra forma para me expressar melhor. Meu comentário foi no sentido de achar interessante o modo que ela colocou (na entrevista) o contexto de seu pensamento. Não havia no que disse nenhum julgamento ao fato de postar a entrevista dela, apenas uma reflexão a respeito de algo normal,´principalmente em tempos de internet, que é a circulação de textos sem seus contextos (o que implica uma necessidade de vigilância maior). Eu acho que Kristeva faz bem essa contextualização no inicio da entrevista. Abraço,
"sei que me tornarei imortal tão logo morra - pois a única vantagem de estar morto é não poder morrer mais".
Jonatas fazendo poesia? Ó aí que exemplo bonitão para substituir a tal "rosa de fogo" da próxima vez que resolver falar em linguagem poética! hauauaua
Xiiii! Essas coisas não são ditas em público, Menina!!! Jonatas
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