sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Entrevista com Zygmunt Bauman

De: Luciano Oliveira
Para: Cynthia Hamlin

Conhece?
Vale a pena.
Não gosto muito do "best-sellerismo" que tomou conta de sua obra: amor líquido, vida
líquida... termina virando artigo de liquidação!
Mas ele tem um livro que acho magnífico: Modernidade e Holocausto.


Lulu
(Sorry, Lulu, mas seus emails são impagáveis.)


Entrevista exclusiva: Zygmunt Bauman from cpfl cultura on Vimeo.


2 comentários:

Tâmara disse...

Eu também achei impaga'vel, esse email. Luciano deve perdoa'-la, nem que seja apenas em nome da arte, essa publicidade po's-moderna ou transicional (la' vou eu seguindo Bauman) de uma conversa entre dois.

Mas, na verdade, não apenas em nome da arte. Acho que esse email faz um contraponto sociolo'gico perfeito entre uma possi'vel interpretação unilateral do discurso de Baumam sobre a contemporaneidade (a apropriação assustadora do pu'blico pelo privado e i'ntimo) e as possibilidades de uma reapropriação pu'blica dessa intimidade publicizada. Tentando ser clara: penso aqui nos usos pu'blicos e poli'ticos, potenciais e concretos, dos facebooks e outras TICs. Como naquele post de Brym sobre os movimentos no mundo a'rabo-muçulmano (embora criticando a leitura das mi'dias norte-americanas a respeito); como Jonatas tem colocado am alguns de seus posts, etc.

Enfim, eu também tenho um certo abuso do "best-sellerismo" de Bauman, mas acho que Luciano tem toda a razão: essse vi'deo vale a pena demais. Gostei muito de começar meu sa'bado com ele.Espero que os frequentadores do Cazzo aproveitem para debatê-lo. E agora vou à praia - que ninguém é de ferro! Bom final de semana.

Alyson Freire disse...

Confesso que, de início, quando ouvia falar de Bauman, achava a coisa muito “molhada” e “úmida”. Mas, lendo-o com mais frequência e atenção, descobri um autor com uma capacidade de empatia incisiva no diagnóstico de alguns aspectos dramáticos das relações sociais da vida atual e acerca de algumas de suas manifestações mais centrais.

Enfim, muito boa a entrevista, em especial o seu final onde a discussão das dualidades "destino e caráter" e "liberdade e segurança" como dilemas que dão forma à vida lembra os dualismos igualmente tensos, agonísticos e sem síntese de Simmel, no sentido de acentuar o elemento trágico da vida em sociedade. Abraços,